Toma um fósforo acende teu cigarro! O beijo, amigo, é a véspera do escarro. A mão que te afaga, é a mesma que te apedreja. Se alguém causa ainda pena a tua chaga apedreja essa mão vil que te afaga, escarra na boca que te beija! RE-Incidente em Antares

terça-feira, setembro 13, 2005


O GOVERNO DO DEMO

No reDEMOinho da nossa política atual uma certeza nos consola: somos uma DEMOcracia. Nenhum corruPTo rouba da gente se não tiver sido eleito por nós mesmos. Escolhemos DEMOcraticamente os canalhas que fazem as escolhas pela gente pensando nas escolhas deles. É a representatividade, eles são os nossos representantes no plano superior da política – DEMOcracia representativa: a gente vota neles e eles defendem os interesses deles mesmos no Congresso. Pior, na prateleira dos políticos, escolhemos aqueles que pensamos melhor condizer com as nossas expectativas pela embalagem, pelo rótulo, sem nunca saber do conteúdo. É uma questão de propaganda e marketing político: vence o candidato com o maior caixa dois. “Existem candidatos que pouco dinheiro não compra, para todos os outros existe o Marcos Valério”... ou vote PFL: “nossos corruptos são melhores que os corruPTos dos outros”... ou “vote no candidato que lava dinheiro mais branco”... DEMOcracia: quem ludibriar mais o povo, aquela choldra ignóbil, comandará os destinos da nação e ficará rico.

E ainda tem o voto obrigatório, cabresto, renovando o círculo da ilusão e dos interesses obscuros. Todos os ignorantes, burros e alienados da nação são obrigados a votar em algum cretino fundamental que tem a cara-de-pau de ser candidato. O “dever cívico” de ser massa de manipulação e garantir a perpetuação da canalhice através do voto. Deveria votar quem quer e quem tem consciência, mas vota todo mundo, inclusive você – vê se pode? Acaba que isso favorece as distorções da nossa aclamada DEMOcracia, como por exemplo a “NETOcracia” nacional: alguém que é neto de alguém pode ser “alguém”! “O vovô me ensinou tudo, inclusive como continuar aquilo tudo”... Do Aécio neto do Tancredo ao ACM(irc!)Neto, o povo vota no sobrenome, naquilo que representa o cadáver de outros tempos. Isso sem falar na nossa “PASTORcracia”, onde o sujeito não se contenta em roubar dos fiéis e explora mais uma vez a ignorância deles através do voto. Depois fica aí desfilando com malas de dinheiro sujo e lavando tudo em água benta. Também temos a CABIDEcracia, onde parentes, amigos e militantes de partidos garantem o seu empreguinho na máquina pública e penduram o casaco na cadeira. Ou a RALÉcracia, onde quem governa não é quem está preparado, mas aquele que se parece com o povo e financia algumas “ambulança” clandestinas (não é deputado Pinduca?). Ou ainda a JECAcracia da bancada ruralista e de jecas como o José de Alencar e o Severino.

Enfim, são muitas “cracias”, são muitos governos, mas no fim, tudo é parte do mesmo governo do DEMO, do anhangá, anjo mau, arrenegado, atentado, azucrim, beiçudo, bicho-preto, bode-preto, bute, cafuçu, cafute, canheta, canhim, canhoto, cão, cão-miúdo, cão-tinhoso, capa-verde, capeta, capete, capirocho, capiroto, carocho, cifé, coisa-à-toa, coisa-má, coisa-ruim, contra, coxo, cujo, debo, demônio, diá, diabro, diacho, diale, dialho, diangas, dianho, dubá, exu, fute, galhardo, gato-preto, grão-tinhoso, mafarrico, maldito, maligno, malvado, mofento, mofino, moleque-do-surrão, não-sei-que-diga, nem-sei-que-diga, pé-cascudo, pé-de-cabra, pé-de-gancho, pé-de-peia, pedro-botelho, pêro-botelho, porco-sujo, rabudo, sapucaio, sarnento, satânico, temba, tendeiro, tentador, tinhoso, tisnado...