FORA DE MODA
Esse discurso Antariano ficou meio fora de moda, mas ser “na moda” também pega mal. “Na moda” é a Paris Hilton, a Tati Quebra Barraco e carro “tunado” (seja lá o que isso quer dizer). Também está “na moda” ser lésbica, ser esquisito e usar brinco no mamilo. Sem falar na moda de passarela, que ninguém usa, mas indica o que as lésbicas, os esquisitos e as pessoas com brinco no mamilo vão usar.
Sempre há algum destes tipos dizendo o que é moda e o que ficou “démodé”. Ser “moderninho” é freqüentar o bar-livraria cult, ter o cabelo atrapalhado e usar camisetas com estampas nada-a-ver ou frases que não dizem nada-com-nada. Ainda bem, pois ninguém quer mesmo saber o que esse povo pensa (pensa?). Estar “na moda” é seguir o padrão, ser igual aos que acham que são diferentes. Todos seguem um papel, um figurino, um script, mas juram que são diferentes e que pensam por si mesmos.
Uns começam e os outros copiam, para o bem ou para o mal, conscientemente ou não. Se ficasse na “alta moda” dava para entender, mas moda é aquilo que se repete na maioria, que constitui um padrão. Assim, ser “bombado”, burro e ter um pit-bull assassino ou ser vulgar, dançar funk carioca e ser chamada de cachorra também está “na moda”. O consolo é que a moda não dura muito, em pouco tempo isso tudo sai de moda, dando lugar a uma outra incógnita, talvez pior, talvez menos ruim.
Ainda bem que existe o clássico, aquilo que sempre foi e será, por mais “careta” ou “passado” que seja. Aliás, a moda acaba voltando ao clássico algum dia. Onda “retrô”. Tem também o “básico”: nada substitui o jeans e camiseta ou a cerveja e tira-gosto. Serve para quase todo tempo e ninguém contesta o “básico”. Benevolentemente, clássico e básico é que salvam a gente do “démodé”.
Música clássica e rock básico. Literatura clássica e poesia básica. Autores clássicos e encadernações básicas. Cinema clássico e um sofá básico. Vinho, uma bebida clássica, e bife com fritas, uma comidinha básica. Um clássico no futebol e um tropeiro básico. Uma lua cheia, clássica, e uma fogueira básica. Um olhar clássico e uma paixão básica. Histórias clássicas e piadas básicas. Paisagens clássicas e fotografias básicas. Lembranças clássicas e vivências básicas.
Esse discurso Antariano ficou meio fora de moda, mas ser “na moda” também pega mal. “Na moda” é a Paris Hilton, a Tati Quebra Barraco e carro “tunado” (seja lá o que isso quer dizer). Também está “na moda” ser lésbica, ser esquisito e usar brinco no mamilo. Sem falar na moda de passarela, que ninguém usa, mas indica o que as lésbicas, os esquisitos e as pessoas com brinco no mamilo vão usar.
Sempre há algum destes tipos dizendo o que é moda e o que ficou “démodé”. Ser “moderninho” é freqüentar o bar-livraria cult, ter o cabelo atrapalhado e usar camisetas com estampas nada-a-ver ou frases que não dizem nada-com-nada. Ainda bem, pois ninguém quer mesmo saber o que esse povo pensa (pensa?). Estar “na moda” é seguir o padrão, ser igual aos que acham que são diferentes. Todos seguem um papel, um figurino, um script, mas juram que são diferentes e que pensam por si mesmos.
Uns começam e os outros copiam, para o bem ou para o mal, conscientemente ou não. Se ficasse na “alta moda” dava para entender, mas moda é aquilo que se repete na maioria, que constitui um padrão. Assim, ser “bombado”, burro e ter um pit-bull assassino ou ser vulgar, dançar funk carioca e ser chamada de cachorra também está “na moda”. O consolo é que a moda não dura muito, em pouco tempo isso tudo sai de moda, dando lugar a uma outra incógnita, talvez pior, talvez menos ruim.
Ainda bem que existe o clássico, aquilo que sempre foi e será, por mais “careta” ou “passado” que seja. Aliás, a moda acaba voltando ao clássico algum dia. Onda “retrô”. Tem também o “básico”: nada substitui o jeans e camiseta ou a cerveja e tira-gosto. Serve para quase todo tempo e ninguém contesta o “básico”. Benevolentemente, clássico e básico é que salvam a gente do “démodé”.
Música clássica e rock básico. Literatura clássica e poesia básica. Autores clássicos e encadernações básicas. Cinema clássico e um sofá básico. Vinho, uma bebida clássica, e bife com fritas, uma comidinha básica. Um clássico no futebol e um tropeiro básico. Uma lua cheia, clássica, e uma fogueira básica. Um olhar clássico e uma paixão básica. Histórias clássicas e piadas básicas. Paisagens clássicas e fotografias básicas. Lembranças clássicas e vivências básicas.
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